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Resenha: A menina que tinha dons - Três Leitoras

09mar2015

Resenha: A menina que tinha dons




Lido em: Fevereiro de 2015
Título: A Menina que tinha dons
Autora: M. R. Carey
Editora: Rocco
Gênero: Ficção/terror
Ano: 2014
Páginas: 384

Sinopse: “A Menina Que Tinha Dons - Cultuado autor de quadrinhos e roteiros da Marvel e da DC Comics, entre eles algumas das mais elogiadas histórias de X-Men e O Quarteto Fantástico, o britânico M. R. Carey apresenta uma trama original e emocionante em sua estreia como romancista com A menina que tinha dons, lançamento do selo Fábrica231. Aclamado pela crítica, o livro se tornou um bestseller imediato na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos ao contar a história de Melanie, uma menina superdotada que faz parte de um grupo de crianças portadoras de um vírus que se espalhou pela Terra e que são a única esperança de reverter os efeitos dessa terrível praga sobre a humanidade. Uma comovente história sobre amor, perda e companheirismo encenada num futuro distópico.”

Este é um livro escrito pelo britânico M. R. Carey, aclamado roteirista de HQ's de sucesso como X-men, Quarteto Fantástico e Hellblazer. Isso, por si só, já nos faz esperar muito de seu conteúdo.

Existem duas sinopses - que eu tenha conseguido ler - completamente diferentes para essa história. Uma em português (como apresentado acima), afirmando ser um livro que trata sobre ficção e utopia; outra, em inglês, afirmando ser ele um livro de terror, envolvente e que exigirá muito do seu emocional. Há, ainda, um book trailer, super legal, que nos faz ter um pouquinho de agonia e muita curiosidade em relação ao conteúdo.


Veja o Booktrailer abaixo ou, caso ele não abra, clique aqui.





Pelas sinopses e pelo book trailer eu havia pensado que "a menina que tinha dons" era um livro que falava sobre uma garota com premonições, e que por isso seria perseguida pela sociedade. Mas não é absolutamente nada disso de que trata o livro.

O tema é até bem batido, um mundo pós-apocalíptico, que mistura The Walking Dead com Guerra Mundial Z, onde a maioria da humanidade foi eliminada e os seres humanos sobreviventes estão tentando encontrar uma forma de se salvar, uma cura para o que os está destruindo como espécie. Para chegar a essa cura acreditam que a resposta está em algumas crianças específicas que teriam desenvolvido uma imunidade parcial ao “problema” e que agora estavam confinadas em uma base militar para serem "estudadas".

Melanie é a personagem principal deste livro, uma criança extremamente meiga e inteligente, apesar de inocente, de 10 anos. Tem grande amor e admiração por sua professora, Srta Justineau, que ilumina seus dias lhe proporcionando sonhos sobre o mundo e a mitologia. Todas as crianças do internato são tratadas com frieza e extremo cuidado por todos, menos pela Srta Justineau, que é carinhosa e as trata como “as crianças sonhadoras que são”.


Quando não estão na sala de aula, as crianças ficam em seus quartos, chamados de celas pelo Sargento Parks; neles elas possuem uma cama e a cadeira de rodas aonde são amarradas para ir para a aula, a porta é de ferro pesado e não há janelas – logo, as crianças não possuem nenhum contato com o mundo exterior, nem mesmo visual. O maior desejo de Melanie, em todo o tempo em que se encontra nesse “internato”, é que a cura seja encontrada e ela, um dia, possa sair daquele lugar e conhecer todas as belezas de que apenas ouve falar na sala de aula.

Não é possível escrever muito mais do que isso sem dar vários spoilers sobre o livro, e descobrir cada coisa é o que ele tem de mais interessante. O que dá para ressaltar é que o livro se baseará nos personagens de Melanie, Srta Justineau, o Sargento Parks e a médica.

O livro é bem escrito, com uma narrativa que flui e amarrando quase todos os pontos abertos até o seu final. A forma como ele usa elementos já existentes e manipula essa informação para provocar o "apocalipse da raça humana" também é bem interessante.

Na minha opinião pessoal, o primeiro terço da história, na verdade, poderia ser o livro inteiro. É de longe a parte mais interessante e emocionante. O meio é lento, nos apresenta algumas novas informações e bastante crescimento por parte de Melanie e do militar que está "responsável" pela sobrevivência delas. O final... bem, o final é um caso a parte. Não é previsível, mas também não chega a ser surpreendente e nem tão emocionante quanto o primeiro terço do livro.



#ameninaquetinhadons , #mrcarey, #rocco


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1 comentários

  1. Oi Mari, é uma distopia. Eles poderiam deixar isso mais claro, não é? Ainda assim eu quero ler e claro discutir com vc. Vai ter continuação ou é livro único?
    Boo.
    http://www.rascunhocomcafe.com/2015/03/um-caso-perdido-ou-uma-historia-sobre.html

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