O desafio da leitura...


Oi, Leitores!!!

No início do ano de 2015 nossa blogueira linda, animada e criativa Luana desafiou as outras leitoras deste blog a encarar um desafio literário. Eu logo me animei e passei a imaginar e planejar fazer o mesmo desafio com meus alunos (pelo menos adaptar algumas coisas).

Então, achando a ideia divertida comecei a pesquisar os títulos que fariam parte da minha lista para tal desafio. Num dado momento comecei a enlouquecer: livro com mais de 500 páginas? Ok! “Posso usá-lo em duas categorias, Lu?” , “ Nem pensar, kkk!”. Okay, okay...Próximo: Livro que você disse que jamais leria, ai meu nosso senhor da bicicletinha roxa, rsrsrs, fiquei tensa, mas resolvi a questão. Mais um? Livro que deveria ter lido na escola e não leu... Pronto! Estou realmente estava perdida, pensei.



Por pouco não fiquei deprimida. Confesso que a falta de ânimo chegou a me deixar sem vontade de ler, passei dias me dedicando apenas às literaturas africanas e meus estudos da pós-graduação.

No entanto, uma diabinha angelical veio em meu socorro. Mara, a outra blogueira leitora e minha irmã querida, sugeriu que escrevesse sobre não ter como cumprir essa categoria do desafio literário. 

Vamos lá? Isso é mais do que um convite!

A leitura sempre exerceu sobre mim um fascínio inacreditável, não tenho a recordação exata de quando isso começou. A melhor e mais próxima que a minha memória me apresenta é de quando eu estava com nove anos, no 5° ano do ensino fundamental I.

Bem, a melhor recordação está inteira na coleção vagalume, e depois que li A ilha Perdida não parei mais. Lembro até que fazia mais leituras do que as solicitadas pela professora. Como?

Mais uma vez minha memória entra em ação. Já no ensino médio a professora de literatura solicitou a leitura de José de Alencar. Li Iracema, O tronco do Ipê, Diva, Senhora, Helena, O guarani, e chegou uma hora que queria mais e por conta própria fui em busca de outras coisas que por obra do destino e da história tivessem influenciado a literatura feita no Brasil. E assim eu descobri Camilo Castelo Branco (Amor de perdição) e logo logo estava aos pés de Eça de Queiroz (que em breve terá um de seus livros resenhados aqui – categoria livro com mais de 100 anos).

Sendo assim, é com pesar e terna satisfação que não me penalizo em 100% por não ter cumprido tal categoria:

Um livro que você deveria ter lido na escola, mas não leu.

No fim das contas, descobri que não sou tão seletiva para leitura. O que de fato me interessa é poder viver um pouco nas páginas dos livros, sentir o cheirinho de papel no livro novo, revisitar personagens amigos e amantes, catar mais um pedacinho na minha estante para caber mais um livro e sempre, sempre mesmo agradecer a Clarice Lispector por tão lindamente escrever o conto Felicidade clandestina.

Felicidade clandestina é o que sinto cada vez que tenho um livro, seja ele qual for, ao alcance das minhas mãos e da minha caixa luminosa de ver o mundo!



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