Resenha: A bicicleta que tinha bigodes - estórias sem luz elétrica





A HISTÓRIA DE UMA BICICLETA...

Olá, leitoras e leitores!

Desde que nossa amiga Luana começou divertidamente a nos falar sobre o desafio literário eu estou sempre a reformular a minha lista (que Mara não nos leia e queira me matar, rsrsrs. Calma, Maroca. Esse é o primeiro que ocupa o lugar de outro livro naquela lista que lhe enviei...).

Bem, como lhes disse, a todo momento que vejo um “novo/velho” amigo livro que ainda não li, imagino em que categoria ele poderia ter sido encaixado. Lendo SETE livros no momento (alguns da pós-graduação, outros por fruição e deleite) eis que repousa nas minhas mãos um livro do prosador, africano nascido em Luanda, Ondjaki.

Este autor é membro da União de escritores angolanos. Está traduzido em francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio e sueco. Também ganhador de prêmios literários como O Grizane for Africa prize – Young Writer 2008, pelo conjunto da obra.

Não havia pretensão de resenhá-lo aqui, mas não houve jeito e aqui estou a colocá-lo na lista de livros lidos:


Leitura faz parte do Projeto #Desafio Literário 2015
Categoria: Livro que você conseguiu terminar em um dia

Por que este livro entrou na lista? Bem, eu havia escolhido Estrangeiro de Albert Camus, ainda na lista dos livros a serem lidos em 2015, mas a história do garoto que bué (grande número ou quantidade) ganhar a bicicleta em um concurso de histórias na rádio nacional conquistou o seu lugar na minha lista de histórias inesquecíveis, por isso me senti na obrigação de compartilhá-lo com todas as honras que pudesse lhe oferecer.

Lido em: Fevereiro de 2015
Título: A bicicleta que tinha bigodes – estórias sem luz elétrica
Autora: Ondjaki
Editora: Pallas
Gênero: Romance/literatura africana
Ano: 2013
Páginas: 92



Toda criança tem um sonho!!!

Não interessa se vive sem luz, sem água, sem amigos, na pobreza ou na riqueza. Toda criança tem um sonho...

E é ao escutar sobre um concurso de histórias que tem como prêmio principal uma bicicleta com as cores nacionais que nosso herói mirim passa a sonhar. Sonha que brinca com os garotos na rua, sonha que sua Avó Dezanove diz para ter cuidado de não serem atropelados por algum carro ou não atropelarem nenhum bicho, sonha que sua bicicleta tem bigodes. Bigodes mágicos como os do tio Rui.

E é no meio da vontade de escrever uma história, ganhar a bicicleta, mudar o nome do motorista Nove para Dez, enterrar o sapo Raúl, irmão de Fidel, desvendar o mistério dos bigodes, ver a novela Roque Santeiro, viver a rotina imposta pela guerra, que nosso amigo descobre que as pessoas são como as estrelas, não têm cor. Pois...

“A COR DAS PESSOAS FICA NOS OLHOS DE QUEM AS OLHA...”

Uma história linda, sem ser piegas. Mágica, sem ser óbvia. Romântica, sem beijo na boca. A estória de uma história. De um povo, de uma gente. Uma história sobre ser criança!!!




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